A educação brasileira enfrenta desafios estruturais, mas também avança com medidas como o novo ENAMED e programas de incentivo à permanência escolar. Enquanto políticas públicas buscam promover mais equidade, problemas como a desigualdade no aprendizado ainda marcam o cenário nacional.

Desigualdade no aprendizado de leitura

Dados recentes expõem a profunda desigualdade na educação brasileira. Enquanto 83,9% dos alunos do 4º ano com renda mais alta atingem nível adequado de leitura, apenas 26,1% dos estudantes mais pobres conseguem o mesmo desempenho. Cerca de 47% dos alunos em situação de maior vulnerabilidade apresentam desempenho “abaixo do básico” em leitura, revelando um problema estrutural de acesso à qualidade.

ENAMED: nova exigência para formação médica no Brasil

Uma das maiores novidades da educação brasileira é a criação do ENAMED (Exame Nacional de Avaliação da Educação Médica). Instituído pelas portarias MEC Nº 329/2025 e Nº 330/2025, o ENAMED será obrigatório para formandos de cursos de medicina no país.

O objetivo do exame é garantir que todos os médicos recém-formados possuam o mínimo necessário de competências clínicas e éticas. O ENAMED será aplicado anualmente, e a primeira edição está marcada para 17 de novembro de 2025. A prova conterá 150 questões objetivas e 5 discursivas, além de um componente prático futuro, similar a exames médicos internacionais.

Segundo o MEC, a avaliação também servirá como base para políticas públicas de aprimoramento curricular nas faculdades. Os resultados individuais serão enviados diretamente às instituições de ensino e não implicam, por ora, impedimento legal para exercer a profissão, mas podem ser no futuro.

Programa Pé-de-Meia incentiva permanência no ensino médio

Outra ação relevante na educação brasileira atual é o programa Pé-de-Meia, que iniciou os primeiros pagamentos em abril de 2025. O programa oferece R$ 200 mensais a estudantes do ensino médio da rede pública como forma de reduzir a evasão escolar. O valor é depositado em conta poupança e pode ser retirado após a conclusão dos estudos, funcionando como incentivo à permanência.

Participação da família na vida escolar

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado reforçou a importância da presença das famílias no processo educacional. A participação ativa de pais e responsáveis tem papel essencial na melhoria do desempenho dos alunos e no fortalecimento das relações dentro da comunidade escolar. Programas de engajamento familiar já mostram impacto positivo em diversas redes municipais de ensino.

Conclusão

A educação brasileira vive um momento de transição. De um lado, enfrenta desafios históricos como a desigualdade de aprendizagem e o abandono escolar. De outro, avança com medidas como o ENAMED, que busca elevar o padrão da formação médica, e programas de incentivo como o Pé-de-Meia. Somada à valorização do papel das famílias, essa combinação de políticas pode abrir caminho para uma educação mais justa, qualificada e inclusiva no Brasil.

• Fonte: Mixturados
• Data: 25/04/2025
• Creditos da imagem: Criado por IA